Nu em pelos
Siga contente, falante, adiante...
Siga contente, falante, adiante...
ande de cabeça erguida
apanhe a margarida
dê boas gargalhadas
deixe risadas espalhadas.
Abrace a “rapaziada”
sorria para a vida
daqui não se leva nada.
Deboche das esquinas
siga no proibido
o ridículo também deve ser vivido.
Dê um sorriso para o tempo
abra a boca, coma o vento
dê a mão para o destino
picolé para o menino.
Estenda os braços para voar
e o coração para amar.
Desalinhe os cabelos
sinta-se nuzinho em pelos.
Lágrimas, só as tolas,
dor nem de cotovelo.
Se sozinho decidir ficar
seja a sua felicidade,
pois amor próprio
também é amar.
.........................................................................................................................
Interlúdio: Vivi
Vivi um tempo em que as pontes eram feitas de tábuas e energia elétrica era luxo no distante distrito de Pinheiro Marcado. Infância que deixou marcas e a certeza que a felicidade pede muito pouco.