Que vida!
A algazarra cessou...
A algazarra cessou
apenas a lâmpada ao fundo,
de resto e na alma tudo sombreou.
Sonhou que corria sozinho
perdido, desconectado do caminho.
De dia viu voarem passarinhos,
pernoitou sem ter um ninho.
Sem travesseiro,
querendo a noite passar ligeiro
como se fosse nela um passageiro.
Sonhos reais
horrores,
temores...
tremores.
timbre de galo ... distante,
dia entrante
angústia alarmante.
Desejou plantar poesia
na ilusão de colher o café da manhã,
no orfanato da agonia
desacreditou no amor
angustiado calou.
Sem mundo
humano imundo
matou as aventuras,
matou as canções,
sepultou ilusões.
Que vida meu Deus!
Que vida!
(Horizontes)
Escrito por:
MOACIR LUÍS ARALDI
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