Sou abstrato...
Sou abstratoque se sente- que ironia!me absorvasou poesia.
Morei'm abstract that can be felt - how ironic absorb me i am poetry.
(Horizontes)
Lembranças tantas...!
Trago mãos vazias e posso até mostrá-las...
O primeiro dia foi de miséria, os demais também...
Sacudiu as asas na poeira. Depois...
Onde se abriga o silêncio que tantos guardam?
Tempo prático é aquele em que se cultiva roseira...
Quando uma porta se fecha, sinto a tristeza da alma vazia...
Sua vida é seu belo poema...
Foi o último sol. depois, o inverno chegou...
Desejo abraços apertados, sorrisos sinceros e francos...
Ausências que habitam distantes épocas...
Nas ruas, a população move-se mascarada, atônita...
Maçãs coradas, olhar infindo, dizendo nada, sorriso lindo!
Entardeceu, o relógio soou...
A rua ainda me acolhe em algumas caminhadas...
O sonho bom, antigo e jovem, antes planejado...
Cara e coragem, eternas bagagens desta viagem rumo ao fim...
Somos tão grandes quanto a verdade...
Corei no silêncio, ante o abismo.
As palavras vinham com asas...
Olhei demoradamente para a foto da família...
De onde virão essas vontades, que, vez ou outra, nos invadem, misteriosamente?
Os relógios são severos e, as sombras, escassas...
Se apontas em palavras, já é má língua...
Ficaram, no tempo, as vivências ...