Ébrio
Um uísque duplo, por favor ...
Um uísque
duplo, por favor,
preciso desentalar da garganta
este nó, esta dor.
Não me sirva com desdém
sou como você, meu bem
não faço isso todos os dias
só bebo quando me convém.
Os anos me fizeram sensível
saudade é o que sinto agora
por mais que eu enrole
talvez fique ou vá embora.
Este copo vazio
avermelhou-me o rosto
desequilibrou-me o corpo
tingiu-me a voz.
(Cabernet)
Escrito por:
MOACIR LUÍS ARALDI
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