Barba
Hoje não quero emoções de barba feita...
Hoje não quero emoções de barba feita
antes as migalhas do pão amanhecido
servidas na fétida e úmida sarjeta
de um viver já morto.
Hoje no café não quero açúcar
quero gotas de sangue nos versos da poesia
com gosto de fel sem adoçar
morre a vida quando acaba a fantasia.
Hoje amor não trago em mim
prefiro a morte a ficar sem teu pão
de longe vejo a luz chegando ao fim
como ondas emocionais da razão.
(Cabernet)
Escrito por:
MOACIR LUÍS ARALDI
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