Superlativo
Ainda farei um verso nobre...
Ainda farei um verso nobre,
Que seja leve como a folha outonal,
E saboroso como as frutas do quintal.
Que atropele do caminho a escuridão.
Que seja rápido como raio natural.
Que não tema a morte,
E que se acomode nos braços da vida e da paz.
Que seja superlativo como sonhos infantis,
E real como a geleia é.
Que seja a estrada da busca
E o melhor ancoradouro de destinos.
Que não tenha serventia se não puder ter,
Que não seja jardim nem rosas se não der para ser,
Mas que contemple em cada um
O fascínio encantado de um novo amanhecer.
Interlúdio: Como óculos
Tempestade dividida,
Oculta em um véu
Metade viu a chuva
A outra viu o céu.
Escrito por:
MOACIR LUÍS ARALDI
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